quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quando o sol vai embora

...

Nos se sentimos muito melhores quando temos motivos pra sorrir... Eu sei bem meus motivos, sei bem porque sorrio de canto quando pedalo por aí voltando pra casa ( com gosto ), tarde da noite.

Não sei se a felicidade está lá no alto da montanha, só sei que subo e vou parando pra descansar, beber água, aproveitar a vista de onde estou e pra variar um pouquinho, miro meus olhos ao infinito, ao além...

Apesar de estar sentindo-me feliz, ainda assim, algo me deixa de estômago embrulhado. Sinto uma tristeza repentina que vai e volta, não sei bem de onde vem, na verdade nem tenho motivos para tal coisa... Mas sinto como numa premonição que algo está pra acontecer e isso me deixa doente.

Sinto um por do sol tristonho levando com ele toda a luz de um dia feliz.. Quando me encontro só, na luz de sono do meu quarto, é que meu estômago fica pesado. Além do cansaço, da gravidade, de quebra temos uma sensação ''agradável"... Sabe? ( ... )

Tomara que seja engano meu. O foda é que sempre que sinto isso acontece algo... Será que dessa vez a vida está pondo um certo equilíbrio? Muito feliz estou, triste muito não desejo estar.

domingo, 4 de outubro de 2009

Maos entre um vidro.

Meu farol corta a cidade de uma ponta a outra, é tarde da noite e ñ chego a lugar nenhum. Vou andando por aí com o vento contra, sinto ele quase que arranhar minha pele, faz frio e nada tem sentido. Logo ali na frente ñ há iluminação; E é perfeito. Acendo o pisca, vou diminuindo, encosto no meio fio, tiro o capacete e a camera da ponte filma tudo de longe.

Só eu e aquele gramado... A noite estava linda, mas de veritas, eu ñ estava nem aí se estava estrelada ou tempestuosa. Foram 5 min, foram segundos no mínimo engraçados ao olhar daquela camera... Capacete pro alto, eu pulando a mureta e gesticulando ao nada. Olhei em volta sentado naquela grama, olhei a arquitetura daquele pedaço da cidade, seus prédios suas pontes; E eu ali, naquele pequeno pedaço de grama entre um viaduto e outro, no meio do nada

Levantei, bati com as mãos na calca tirando o pó, procurei meu capacete, pulei a mureta e fui pra casa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Os 3


Faz silencio nesse segundo, a madrugada tornou-se atraente novamente; Acordei de um sono mal dormido as 3:53... Não sei exatamente o que eu estou fazendo, pra falar a verdade eu não tenho a mínima ideia do que faço acordado. Sei que o sono deixou esse corpo cansado e uma sensação de paz invadiu esse coração magoado. Meus olhos perdem o foco e não sei onde diabos estão meus óculos; Talvez seja o cansaço.

Era pra se sentir assim? Seria eu o errado em ter finalmente a razão?

Sentado aqui sozinho com meus pensamentos e musicas viajo a kilometros pra longe daqui... Meu medo é justamente perder isso, perder minha capacidade de ser eu mesmo. A confusão é uma coisa que deixa a gente louco, faz a gente sentir coisas adversas. Tenho medo.

Sem plano principal, sem expectativas. Só estou parado por aqui tentando uma ultima vez ver se o tempo cura tudo isso. Mas assim como a falta de alguém demora a passar, faz o tempo passar lento essa minha confusão. É assim que as pessoas especiais mudam? É caindo de um lugar bem alto e quebrando a cara que se tem a porra de uma mudança? Não comigo.

Vozes rasgadas, timbres ardidos e compassos malucos são a trilha sonora dessa minha confusão.

Me vêem, mas fingem que não vivo lá, percebem como estou, mas não estão nem aí pro que sinto.

A vida tem sempre a chance dos "3". Não será a minha que terá uma quarta.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Why not smile?

The concrete broke your fall to hear you speak of it. I'd have done anything; I would do anything, i feel like a cartoon brick wall to hear you speak of it... You've been so sad, it makes me worry.

Why not smile?

I would do anything to hear you speak of it. Why not smile? You've been sad for a while, you've been sad for a while...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ela

No seu "bom dia" exclusivo fico escolhendo as melhores letras, tentando formar palavras que vão te fazer pelo menos um pouco feliz... Um sorriso de canto teu já seria uma recompensa boa. Sempre desejo que teu dia comece bem, que levante de sua cama bem devagar, que se espreguice lentamente com as mãos no ar...
Ainda sentada na cama, você estala teu pescoço e levanta em direção ao teu banho. Desejo que sinta a água bem quentinha, que isso te desperte...Que encoste na parede durante o banho e escove teus dentes bem devagar enquanto pensa na roupa que vai usar naquele dia. Opte em usar chapéu, você fica linda com ele.

Dê bom dia para as pessoas que mais ama na vida, de um "abracobeijo" nelas... Teu beijo e abraço são "modos" mais que perfeitos de começar um dia. Sente na mesa, coma tua fruta predileta e respire fundo. Escute o som da torrada sendo mastigada, aproveite cada segundo de silencio pela manha.

De um passo de cada vez, caminhe até onde tem que ir. Sinta um pouco do vento matinal, mesmo que ele seja gelado... Escute uma musica que tenha vontade de escutar. Sorria... Você é linda, sorrir só acentua mais isso. Não se preocupe com os problemas ainda, você nem chegou no seu trabalho!
Trabalhe... Sinta que sem sua função lá, as coisas seriam uma bagunça! Abasteça teu ego-profissional, ( nada melhor do que um auto-elogio ) sente direitinho na cadeira. Postura.
Se por acaso teu chefe estiver um saco naquele dia; Olhe pra ele, e sorria. Teu sorriso desperta felicidade em quem o vê.
Saia pra almoçar, prefira comer em casa mesmo. Coma gostoso, sem se preocupar em voltar de pressa pro trabalho... Coma com alguém, comer sozinho faz mal aos rins. rs... No fim, coma um chocolate bem gostoso...
Caminhe de volta pro trabalho, vá escutando uma musica... Perceba as cores da musica e compare com as cores da tarde a sua volta.
Durante o trabalho beba água. Trabalhe... Aproveite que está no pc e veja rapidinho alguma coisa que queira ver sem ser ligada ao trabalho.
Desligue o pc. Vá embora pra casa. Se por acaso nesse meio tempo você pensar em alguém, não exite em ligar. Escutar tua voz no meio do expediente é tão bom...

Chegue na sua casa, suba para teu quarto, tire os sapatos e se estique antes de entrar no banho... Aperte play e cante junto da musica enquanto toma teu banho. Você canta muito bem, mais do que pensa. Se enxugue direitinho e vista teu pijama. Vista o robbie por cima dele e desça as escadas pra jantar.

Volte pro teu quarto, escute tuas musicas, navegue pela net, ligue pra sua amiga... Veja um filme com a tua irmã. Não esqueça de colocar os óculos...

Caso o filme não rolar, se por acaso alguém te ligar... Vá -lo, combine de encontra-lo na praça atrás da sua casa... Quando o avistar de longe, sorria. Ele fica muito feliz de poder te ver. E quando sorri pra ele, o faz lembrar que é muito mais bonita do que ele lembrava... Perceba que o jeito que ele te abraça é só teu, pode ter certeza que ele abraçavocê daquele jeito.

Ah! E que ele é apaixonado por você também, ele te adora. ( ... )

sábado, 15 de agosto de 2009

Eco

Apesar de tudo me sinto feliz. Parece que as coisas por mais conturbadas que pareçam, estão tomando o seu rumo... Sinto uma ponta de tristeza por ter escutado coisas que não fazem o menor sentido pra mim; Não houve uma só percentagem de verdade no que meu coração escutou. Infelizmente aconteceu. Infortunadamente foi falado da boca que eu mais escutava, da própria boca que dizia que "nada é por acaso". Realmente, nada é por acaso.

O que foi falado, foi audível, mas com certeza não fez sentido. Então claramente é descartado; Mas ainda aprendo a me livrar do "eco".

Sinto a brisa da liberdade chegando... Talvez seja essa sensação que cause a felicidade. Mas dessa vez, sonho com meus pés bem firmes no chão. Antecipo a felicidade, prefiro assim. Melhor do que deixar-me contaminar por palavras mordazes que insistem em ecoar...

Dizem que o eco só vai; Uma vez falado, se não repetido, logo, logo ele fica mais fraco e a tendência é desaparecer.

Ele ainda ecoa, fraco. Mas ecoa.

Tempo. (...)

domingo, 9 de agosto de 2009

El pare, el yayo.

Hoje os acordes são menores e com sétima. O tom da tristeza paira pela o ar e todo sorriso de canto se torna amarelo. Por alguma razão maior, os pais não duram pra sempre e acho também que não seria justo pra eles terem borboletas no estômago cada vez que seus filhos sairem pra andar de bike por aí ou quando ficam até tarde da noite rodando de moto sabe Deus bebendo o que... Posso não lembrar exatamente das vezes em que meu pai trocou a minha fralda, deu meu primeiro banho e coisas do tipo; Mas tenho certeza absoluta que por mais que ele não fale, sei que me ama e eu claro, tenho mais que absoluta certeza que o amo.

Confesso que sinto falta do meu "pai ao quadrado", por mais que meu yayo não era muito presente, sei que em todo o seu jeito Catalão de ser nele estava em algum lugar o cuidado e amor, pelo meu pai e eu. Lembro que ficava emicionado cada vez que ouvia meu yayo falar "filho" pro meu pai. Era mágico ver que eu tinha origens e manias familiares... Desde o tamanho do copo com gelo de meu yayo, até a personalidade quase que irredutível de meu pai.

De meu pai, tenho a dizer: Que foi ele que prometeu não largar o banco da bicicleta, enquanto eu tentava me equilibrar... E quando olhei pra trás, estava ele lá bem longe, com um sorriso grande no rosto e eu a me espatifar no asfalto... Do meu yayo: Lembro bem no meu aniversário de 9 anos, quando ele me deu um abraço e disse pra pegar uma caixa do sapato velho dele, e ajudar a calca-los; Mas quando abri a caixa, encontrei todo tipo de carrinhos e bonecos, enquanto ele falava: " o que você fez com meus sapatos nói ? "

A última vez que vi meu yayo, da ultima lavada de mão minha na UTI pra poder vê-lo, toca-lo; Não esqueço que ele por segundos voltou a si, apertou minha mão e deu palavras que nunca vão deixar de ecoar na minha cabeça...

A última vez que vi meu pai foi no almoço, ele ainda falava que a paelha da minha mãe está melhor que a última, que cada vez está melhor; Me pergunta se já coloquei alho no tomac e se senta no lugar de sempre a mesa. Ele come mais que duas vezes e a gente sorri um pro outro com aquele sorriso amarelo de canto do começo dessa estória...
Mas ele mesmo diz pra ficarmos tristes quando alguém que a gente ama morre... E que hoje, todos estão respirando e comendo pan con tomac.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Que?

Suas luzes, teu frio, sua verdade absoluta nua e crua. A vida é como uma dúvida bem grande pra quem fica pensando do que ela é feita... Sua necessidade, o ponteiro de prazer sempre no vermelho e sua total interação com o mundo externo. O corpo cada vez mais exige da alma, cada segundo que passa se tem a impressão que foi perdido... As células que morreram, as que foram mortas com cada trago do cigarro e as que nasceram por cada gota da sensação chamada felicidade. Na mão da vida eu entrego meu espírito, em cada segundo ou inspiração, em cada semana ou expiração, cada merda de segundo perdido em solidão involuntária, cada bosta que sai da boca em forma de palavras. Ainda não se sabe a hora de parar, ainda não existe o botão de rebobinar o tempo da vida, e sinceramente espero que nunca exista. Impulsivo, louco, alto quase saindo do chão; Deleite.

sábado, 18 de julho de 2009

Ñ Chove!

Tudo que eu posso dizer é que
Minha vida é bastante simples
Eu gosto de ver as
Poças aumentando com a chuva
E tudo que posso fazer é apenas
Pôr um pouco de chá para dois
E expressar meu ponto de vista
Mas isso não é sensato..
Não é sensato..

Eu apenas quero alguém que me diga
Oh.. oh.. oh.. oh..
Eu sempre estarei lá quando você acordar
Você sabe, eu gostaria de
não chorar hoje,
Então fique comigo e
Eu conseguirei isso..

Eu não entendo
Porquê eu durmo o dia todo,
E eu começo a reclamar que não tem chuva.
E tudo que eu posso fazer é ler
Um livro para ficar acordado,
E isso arranca minha vida
Mas é uma ótima fuga..
Fuga.. fuga.. fuga..

Tudo que posso dizer é que
Minha vida é bastante simples.
Você não gosta do meu ponto de vista
Você acha que estou louco..
Isso não é sensato.. não é sensato..

Eu apenas quero alguém que me diga
Oh.. oh.. oh.. oh..
Eu sempre estarei lá quando você acordar
Você sabe, eu gostaria de
não chorar hoje,
Então fique comigo e
Eu conseguirei isso..
Eu conseguirei isso..
Eu conseguirei isso..
Não, não, não..
Você sabe eu realmente estou indo
Realmente estou indo conseguir isso
Eu conseguirei isso..

sábado, 11 de julho de 2009

!

Quero férias, urgente.
Parece que quando se está de bem, o resto das pessoas ñ estão; Fazem de tudo um pouco pra puxarem você pra sintonia deles.

Quero férias. Quero você.

!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Coisas a serem entendidas



As vezes me pego olhando pro nada, tentando entender fatos e sensações. O verde se tornou tão mais verde e bonito, a pêra se tornou tão mais suculenta e o céu nunca esteve tão azul. Quando espero dar meia noite e acendo o primeiro e ultimo cigarro do " dia ", contemplo o brilho da lua imaginando que figura ela vê na ilusão de óptica das crateras, ou no que ela está sonhando nesse momento.

Na minha cabeça ela tem um brilho único, pra não falar da sensação inexplicavelmente boa que provocas em meu coração. Chego até a deixar meu único cigarro como um incenso no cinzeiro, enquanto devaneio sobre ela... Os dias vão passando e as horas vão se tornando cada vez maiores na falta de vê-la; E é engraçado o fato de que quando a tenho comigo as horas se tornarem cruéis em sua rapidez. Bem que podia ser meu amigo o tempo, e nele se tornar oposto: Breve nas horas sem ela, l - e - n - t - o nas horas em que sorrio bobo como se fosse uma criança com o seu sorvete de chocolate melecando todo o rosto.

Me desafino e erro os acordes na sua presença; Talvez isso aconteça pois na verdade gostaria de estar tocando-a e não ao violão... Nunca desejei tanto ter um queixo apoiado no ombro enquanto dirijo minha moto por ai. Nunca desejei tanto dizer várias vezes " nunca " só pra desafiar o acaso e sua frase idiota. ( Nunca diga nunca ) Pra sempre quero sentir, " nunca diga que é pra sempre ". Pro inferno isso.

Estou pensando em você, e o melhor é que penso em nunca mais te esquecer...
Depois dela minha coca-cola nunca mais foi a mesma...

!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nostalgico


Quando eu era pequeno, nos meus 10 anos... Escutava todo tipo de musica, principalmente as musicas que meus pais escutavam... Minha mãe escutava muito anos 70, enquanto meu pai preferia o final dos anos 70 quase nos 80. Minha irmã não contava, estava na febre de suas boybands e algumas coisas eletronicas... Enquanto a mim, viajava por um pouco de todos eles...

Diz a estória, que minha mãe trabalhava no "Museu do Disco" lá no Iquatemi, consumia rock´n roll e outras coisas dos anos 50 e 60... Quando ela conheceu meu pai, e parou de trabalhar no museu, ficou com um bom arsenal de vinis, mas que até eu nascer foram empenando, tomando pó e se perdendo por aí.
Mas dos que sobraram...

Dona Cida ficou grávida; Nessa, teve tempo de ficar meio que a toa pra ter seus momentos musicais " sozinha ". Posso não lembrar de uma só nota musical, mas ela sim... Ela colocava o head fone na barriga, me apresentava o Led, Cat Stevens, Bob Dylan e entre outros... Também escutava um pouco dos clássicos, Bach, Mozart, Beetowen...

Quando nasci e fiquei um pouco maior, os vinis tinham ido " embora ", só sobraram historinhas infantis e alguns vinis do Balão Mágico. Lembro bem da minha vitrolinha vermelha e seus compactos de histórias infantis. Assim como me lembro do meu primeiro CD.

É um do R.E.M que tenho até hoje, escutei tanto ele com meu pai, sozinho, nas fitas k7 que gravava... Nessa época também escutava muito musica espanhola, meu pai e seus flamengos. Lembro que em um dos meu aniversários minha irmã me deu presente o " What's the Story Morning Glory? " Do Oasis... Que também tenho até hoje.

O rock and roll de cada acorde daquele som foi essencial pra mim, ao mesmo tempo eu redescobria Beatles, disse redescobria, por que minha mãe já escutava, então nada mais justo do que " roubar " os poucos vinis que minha mãe ainda tinha.
Era uma época que eu consumia musica em movimento. Gravava tudo em fitas k7 e escutava no meu querido walkman... Ia pelas ruas a pé, prestando total atenção ao som e nada mais. Não entendia nada do que eles falavam, mas como o amor, a música é uma língua sem dialetos, todos a entendem, basta estar aberto a isso.

Os anos foram passando, as coisas foram ficando mais acessíveis e logo minha coleção de 2 Cds Pulou para 5, 7, 658... Meus irmãos chamam as bandas que escuto de : " Musicas do Uidol " Eles alegam que as bandas alternativas que eu escuto tem somente um fan...

Hoje escuto musica parado também. No meu universo paralelo, bem afastado de tudo, me pego eu, sentado no tapete folheando os encartes dos cds, enquanto aproveito cada " cor " , cada acorde e cada emoção de todas as bandas que " só " o Uidol conhece.

terça-feira, 26 de maio de 2009

2:18am

" Tchau, vão de boa hein... "

Soltando o ultimo trago, secando o banco que em seguida vai ficar molhado e apertando o play.
Vou embora pela calcada, desviando das poças sabendo que mais a frente vou apertar o foda-se, sigo o caminho de sempre pra casa... Sto Amaro, entro numa rua por Moema, saio na Ibirapuera e sigo até a José Diniz na busca pela Adolfo Pinheiro, de novo Sto Amaro que logo em seguida vira "John Days "...

Meus pensamentos até o momento são sem sentido, sei que estou cantando bem alto, mas a musica só eu escuto... Imagino por um segundo: " ... que será que vão pensar se verem um cara de bike, com head phones de estúdio cantando as 2:00 da madruga?..." Hunf... Mas logo me dou conta que não sou do tipo que liga para o que os " estranhos " pensam, ou vão pensar de mim. Não sei se bato na mesma tecla, mas gosto de descrever a cidade na sua madrugada... Seus sinais intermitentes, o asfalto molhado refletindo as luzes, a sensação de frio mas com uma caloria que vem da alegria de estar só, mas com todas as pessoas que mais gosta nos pensamentos... Dos que gostaria que vissem isso com você, daqueles que queria muito que entendessem a " bobagem " que é pedalar de madrugada na volta pra casa.

De repente penso numa pessoa, cruzo a Américo B. O vento faz sentir que apertei o foda-se faz tempo, nem tinha percebido que minhas costas estão molhadas. No instante que penso na pessoa passo por um jardim que tem em uma das calcadas, o cheiro da grama molhada junto com os das flores me lembram numa quase sinestesia seu perfume... A sensação é inexplicável, chega até dar vontade de ligar, mandar uma mensagem, ou até um sinal de fumaça... Por que, com certeza ela veria, afinal quero acreditar nessa fantasia. Já que está perto, ela veria as fumacinhas formando símbolos de: " estou pensando em você... " da janela dela. Mas ela dorme cedo. E com certeza não encontraria galhos secos e não teria o dom de fazer esses tais sinais de fumaça...

Ao mesmo tempo, os primeiros segundos da musica que escuto parecem fazer algum sentido. Parece que tinha sido escolhida pra combinar com o que estava sentindo... Não sei por que, mas ultimamente tenho marcado os horários das sensações boas que acontecem comigo. Tirei do bolso meu celular, nele: 2:18am; Olhei pro lado e estava cruzando a rua de acesso pra sua casa...

O resto foram pedaladas sem serem sentidas, suor escorrido de um corpo que estava até que cansado, mas nem se dava conta disso. Tinha uma " coisa " melhor pra pensar do que no cansaço...

Tinha " ! " nos pensamentos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Escolhe

São tantas as palavras de uma língua sem limites... São tantos pensamentos e vontades. Pra que continuar a papear consigo mesmo, quero dizer: Porque continuar a girar e girar, entrar em conflito após conflito com duas pessoas que na verdade são a mesma? Cair tonto de tanto pensar, encerrar uma discussão sozinho, sem sexo pra fazer as pazes.

Engraçado... To cansado disso, ser singular é melhor, ser um só é de bom tamanho pra um só corpo de carne. Se a mente quer ser dois... Que seja ela o que for sozinha... Eu só quero que tudo acabe bem.
Sentimentos são bem simples, eu penso assim, mas definitivamente não ajo assim; O " penso, logo existo " é estranho... Faz sentido se " pensar " faz parte da matéria. Faz sentido pra mim? Nop.

A pouco, concordo que o amor é uma opção, e não um estado de procura. O potencial dos relacionamentos é medido através do quanto foi " duro" chegar até ele, o que se sentiu, o quanto se esperou ou até mesmo quantas borboletas voavam no estômago. Será que é melhor viver aquilo que a gente escolhe, e não aquilo que a gente cria expectativas em cima?

Estações vão passar enquanto o "você e eu " passa diante dos nossos olhos como um carro na velocidade máxima.

" How I wish you could see the potential, the potential of you and me.
Its like a book elegantly bound but in a language that you can't read, just yet. "

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tristesse















Pra ti, minha adorável tristeza.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Faixa Título

O tempo é uma coisa muda. Shiiii.. Escuta.

Nada é tão fácil como parece, na verdade nunca foi, e também se fosse seria um saco. Sinta ao menos um pouco de pena de si mesmo, sinta teu nariz escorrer, suas pernas doerem e o esfregar dos olhos. A cor vem sendo cinza, vem te consumindo aos poucos... Mas você e eu sabemos até que ponto você vai " curtir " isso, até que ponto vai ser bom passar por essa.


O pescoço tende a ficar abaixado, a cara tem vontade de se espatifar num concreto longe do ponto de partida. Prefira a dor muscular ou até mesmo uma dor q seja tratada com drogas... Mas lamentavelmente essa você não pode tomar uma pílula da felicidade, muito menos uma dose de alegria.

A trilha sonora é um silencio profundo e melancólico. a pressão atrás dos olhos aumenta e não se sabe o que fazer pra amenizar a dor que não dói em lugar algum. Engolir seco, piscadas longas e o cansaço de si mesmo. Se torna uma pessoa na qual nem você se reconhece, também nem faz questão. Dessa vez não há vontade de descer uma rua a toda velocidade com os braços a pairar no ar, fingindo voar... A vontade e a ação são coisas inexistentes.

Já atravessou a rua sem olhar para os lados desejando que um carro não parasse a tempo?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lugar a Estar















When I was younger, younger than before
I never saw the truth hanging from the door
And now Im older see it face to face
And now Im older gotta get up clean the place.

And I was green, greener than the hill
Where the flowers grew and the sun shone still
Now Im darker than the deepest sea
Just hand me down, give me a place to be.

And I was strong, strong in the sun
I thought Id see when day is done
Now Im weaker than the palest blue
Oh, so weak in this need for you.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Laranja

Saindo de casa com um amargo na boca, monto na bike e vou a lugar algum... Os fones ñ deixam nem escutar minha própria voz, como seu a desejasse escutar. Não faz mal, faz parte na verdade.
A subida de casa é rápida, logo vem uma encruzilhada que pareço sempre me jogar a fim de morrer aos olhos de "conhecidos". É uma olhada rápida, mas sempre as mesmas figuras são acusadas pela minha memória fotográfica. Logo entro a direita, o som é David Ryan Adams, a descida é longa, suas lombadas sempre me fazem voar por segundos, mas voo alto. Ela desemboca na avenida principal do bairro. Como se minha vida dependesse disso, eu passo muito rápido por ela, vejo sempre figuras diferentes por lá, o Centro Empresarial é como uma pequena Paulista, na sua humilde Maria Coelho de Aguiar. Logo me despeço e entro no acesso da ponte João Dias... Não sei por que, mas gosto da vista colorida e com odor de merda daquela ponte. Sempre a música do meu fone toca de acordo com as cores do dia, da noite daquela ponte.

Desço por ela, subo a Santo Amaro dessa vez bem devagar, a música parece me incluir em seu video-clip, e começo a ser um personagem de suas batidas e sensacoes. Pela calcada eu vou a maior parte, pedalo dessa vez maior tempo sentado, o vento bate forte contra, mas mesmo assim fui treinado a manter a velocidade, o diretor do clip quer que seja assim.

Logo uma subida. Logo a primeira gota escorre da minha testa e salga meus lábios. O gosto na boca ganha sabor, textura. A frente tenho que decidir que caminho fazer, direita ou esquerda? Prefiro o reto mesmo, assim mantenho meu curso de sempre, mais a frente decido pra onde viro.
Na subida tenho uma forca diferente, acho que por pedalar lento até agora me sobra forca nessa subida... Chego ao topo com o por do sol nas costas. A minha frente o laranja nos prédios e casas, suas janelas refletem a cor das 5:37...

Olho pra trás, os olhos parecem perder sua função por segundos, o ar falta. Logo viro a direita, cruzo uma rua e paro pra voltar a música. Chama-se "Come Pick Me Up", ela inicia outro clip na minha mente, nela pedalo com desdém, sem preocupação de atuacao, sou eu mesmo, sou eu e meu free ride.

Após uma dúzia de ruas vazias chego a uma praça. Dela vejo a porta dos fundos de um cemitério; desço da bike e sento aos pés de uma árvore... Vejo os últimos tons de uma tarde, sinto suas primeiras brisas frias.

Volto a música novamente, as vezes queria me tele-transportar pra lá. Mas não haveria um suspiro fundo aos pés daquela árvore e nem uma boa estória pra contar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sketches


Eu tenho procurado o tempo todo por um sonho. Tenho visto o por do sol sempre de boa, sempre com os meus botões, que a essa altura não passam de meros botões de uma velha máquina de escrever encostada. Com certeza vai ser bem melhor. Claro que conheço por lá, sei até onde irei morar... Acordar bem cedo, ver as gaivotas brigando por migalhas jogadas na areia por uma velhinha... Sentir a brisa de outro oceano, perceber a falta das pessoas. De alguma forma ficar sozinho.

Claro que ele vai comigo, apesar de existirem "melhores", o Romeu vai ser minha companhia. Quem sabe até toque minhas musicas em algum barzinho de musica brasileira para gringos... Lá tá cheio disso. Lá tá cheio de coisas, espero que elas não me deixem ficar cheio de ficar vazio.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A menina do osso perfeito.

Como uma música boa, você me faz feliz. As vezes me ponho pra fora de uma realidade sem sentido, voando em assuntos completamente avessos, sem rumo, mas com todo o fundamento do mundo.

Seus olhos claros espelham realidades paralelas, verdades que só quando falo com você aparecem. Sonhos livres, noites lindas regradas de doses reais, figuras e coisas que só existem quando abres a tua boca. Pena ser ainda momentanea na realidade. Digo isso, pois quando desligo é minha realidade que encontro. É a distancia que existe, são os horários a cumprir, é o acordar cedo pra trabalhar. O sono não vem pra esse corpo cansado por que é muito bom falar com você.

Nas tuas doces palavras fico pensando, no timbre que sai de ti. Adormeço, não por que me fala bonito, mas sim por que falas do bem e da tua indignação das vezes ter que se controlar pra não fazer o mal...

A realidade sempre vem como um relógio de pulso que cai de uma prateleira, ela dói quando atinge a cabeça. Sabemos que é real a dor, percebes "n" coisas que podem acontecer, suas consequências mundanas não fogem quase nada do que realmente és.

Ser, ter e sentir fazem parte de um conflito mutuo, de uma vida própria, singular. Mas que ainda sim encontra seu plural de dois.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

¿" " ?


Todo mundo tem algo pra amar...
Seja como for, todos tem.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Estacao Sumaré

Incrível.
As pessoas passam tanto tempo se preocupando com elas mesmas, que acabam esquecendo o simples e fundamental "toque". Foda-se, afinal bonecas infláveis e amigos da internet estão sempre por ai. Dizem que em L.A as pessoas se esbarram de propósito umas nas outras em ruas movimentadas... A falta do toque é tamanha, que se recorre a algo momentâneo e vazio; Daqui um tempo vão esquecer de como uma gota no oceano faz toda aquela onda circular em volta dela mesma, vão esquecer de como o mínimo sempre acaba sendo o mais importante.
Num dia desses, logo que voltei, resolvi andar por ai sozinho... Descendo a Sumaré, incrivelmente a pé, vi num muro um frase pixada, era genial: " o amor é importante porra." Realmente onde está?¿

Por segundos deixei o vento me levar, senti uma espécie de liberdade, como se meus pés saíssem do chão e onde o atrito dos meus pensamentos com o ambiente não existia mais. Dum momento estranho e sem propósito eu voei com deleite. Repito que estava a pé, minha bike não estava nessa comigo. Parece que logo que desci da estacao, vendo aqueles rostos estranhos e belos tatuados nas janelas do lugar, senti que o destino generoso queria que descesse na Sumaré naquele dia. Ele cooperou com 50%, os outros 50% foi do meu pescoço, que resolveu virar, e dos meus olhos e mente que resolveram assimilar no meio do grande caos paulistano uma frase como aquela.

?O amor é importante, porra.¿

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sketches for My Sweetheart the Drunk


Aqui não tem ninguém,
Sem querer deixei cair.
No infinito sem horizonte,
Numa tarde qualquer

Dessa vida se esquece tudo.
Aqui jás um moribundo,
Em plena Dixie Hwy.
Percebi, que o acaso me esqueceu.

Demora-se para se dar conta.
Sentir a brisa...
Os carros passam sem parada,
Aqui não se teme nada.

Aqui jás seu moribundo,
Aqui em outro mundo.
Acendo meu veneno
Quando nada, é o que tenho.

Num guardanapo escrevo:
"One week"
São meus devaneios.
Quando essa, é a visão que tenho.

terça-feira, 3 de março de 2009

It's Fuckin Farewell

Foi a muito tempo atrás . Foi um dia como outro qualquer, numa tarde sem fins lucrativos. Eu pensando num dia mais diferente, sendo sempre o mesmo. Dou um breve adeus. Numa partida sem pessoas a receber meus tchauzinhos de longe... Não terá a ultima vez de ver. Não é a ultima.

Deixo pra traz parte de mim. Aperto o foda-se, e ponho a roleta do casino pra girar. Sem mais coloridos na noite escura, sem mais borboletas no estômago, essa é a verdade da vida, esse é o meu livro dos dias.

Entro nesse avião e parto rumo a "grande laranja"... Aos seus doces 85 Fahrenheit entrego minha bike e meus pensamentos... Seu grande cais, e eu na sua beirada, onde o mar chega ao fim, onde o fim da tarde é lilás. Onde o mar arrebenta em mim.

Aos que ficam.
Um adeus engasgado, querendo não sair. Minhas lembranças, meus sorrisos e um pouco do meu cheiro.

Aos que vão.
Um grande espaço no meu coração.
(todos)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Time Has Told Me.

Nick Drake


Time has told me
Youre a rare rare find
A troubled cure
For a troubled mind.

And time has told me
Not to ask for more
Someday our ocean
Will find its shore.

So i`ll leave the ways that are making me be
What I really dont want to be
Leave the ways that are making me love
What I really dont want to love.

Time has told me
You came with the dawn
A soul with no footprint
A rose with no thorn.

Your tears they tell me
Theres really no way
Of ending your troubles
With things you can say.

And time will tell you
To stay by my side
To keep on trying
til theres no more to hide.

So leave the ways that are making you be
What you really dont want to be
Leave the ways that are making you love
What you really dont want to love.

Time has told me
Youre a rare rare find
A troubled cure
For a troubled mind.

And time has told me
Not to ask for more
For some day our ocean
Will find its shore.

Insanidade

Um puta de um bundao é o que somos... Temos o dom de deixar tudo escapar entre os dedos. As estrelas brilham todas por você, mas deixa isso pra lá, o tempo mostra as coisas pra gente, não agora, mais tarde. Pena não saber do amor que se perde. Se bem que não se perde nada dessa vida. Eu pulei sozinho mesmo, sem esperar. Eu vi madrugadas adentro, sozinho no meio de tanta gente que dormia em seus prédios. De tantos motéis em que se trepava por extinto animal. Vi todas elas brilharem com você. Se tem uma coisa que ninguém tira de mim são meus pensamentos. O que passa na minha cabeça louca e complexa, que na maioria do tempo eu mesmo não entendo.

Ah não, eu esperei por perder minha cabeça, por todas as vezes em que me dizia coisas sem sentido.

Seja mais um nesse mundo doente, faça parte de uma massa fétida de Meca-humanos. Deixe-se dominar pelas coisas mundanas e aperte o play do seu ipod... pedale sem sentido, ande até as pernas adormecerem. Venha e fale do tanto que gosta de mim, bagunce, mexa, atordoe. Entenda o que quer entender. Será da minha garrafa de água minha boca e minha sede. Enquanto eu não espero nada de ninguém, muito menos de você. Já sei onde tudo foi parar, já sei quem errou em expor o que sentia.

Eu.

A casa da gente é um lugar que espera a chegada de qualquer um, até um tolo como eu que vive nesse mundo lindo. Sinto falta de algo que nunca tive, melhor olhar pra outra direção, melhor mesmo. Afinal nunca me escutas. Do momento em que acordo até o que adormeço, era teus os pensamentos meus. Você não faz ideia do quando precisa de mim, mas nunca vai saber ? Por que não estou nos seus pensamentos quando acordas até quando adormece.

A parte da canção que diz " ... eu sempre esperarei por você..." não vou cantar. Sabe o quanto precisa de mim, mas nunca vem me ver.

Sei lá. Insanidade.

O que eu sinto , não ajo. O que ajo , não penso. O que penso, não sinto. Do que sei, sou ignorante.
Não me entendo e ajo como se entendesse...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Natália

Vamos falar de pesticidas e de tragédias radioativas, de doenças incuráveis. Vamos falar de sua vida. Preste atenção ao que eles dizem... Ter esperança é hipocrisia. A felicidade é uma mentira e a mentira é salvação.

Beba desse sangue imundo e você conseguirá dinheiro. E quando o circo pega fogo, somos os animais na jaula.

Mas você só quer algo tão doce... Não confunda ética com éter. Quando penso em você eu tenho febre...Mas quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.

É complicado estar só... Quem está sozinho que o diga, quando a tristeza é sempre o ponto de partida, quando tudo é solidão. É preciso acreditar num novo dia, na nossa grande geração perdida, nos meninos e meninas. Nos trevos de quatro folhas.

A escuridão ainda é pior que essa luz cinza mas estamos vivos ainda.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Lost Cause

A madrugada é mais solitária do que imaginava. Coisas passam por mim, a cidade é vazia, sem vento contra, sem barulho. Não fico cansado em descrever as luzes dos faróis de transito refletida no asfalto molhado... Dá vontade de deitar no meio da avenida e sentir o reflexo da luz mudar de cor no meu rosto; Mas tenho vontade de viver, por isso paro de atravessado no meio da avenida, em cima da faixa de pedestres as 3 da madrugada com minha bike. Sinto a mudança de luz sentado no selim mesmo...

Eu consigo escutar o silencio, eu acho que estou ficando louco, mas percebo que demoro de propósito a voltar pra casa, me encanto com o simples e rotineiro, tudo pra ficar menos tempo possível sozinho e acordado na minha cama. A música vem sendo a mesma, Sea Change do Beck é um bom álbum pra escutar sozinho de madrugada. É quase o som do silencio, suas melodias 4/4 parecem combinar com o asfalto molhado, pensamentos e uma bicicleta.

A barba por fazer, o corpo cansado e um grande vazio no peito. É o que percebo quando chego em casa e olho nos meus olhos no espelho do lavabo. Percebo outras coisas, é tudo que sou. Fico sempre no meu mundo, sempre ignorando pessoas novas, sempre me escondendo... Sou um louco com uma causa perdida.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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Eu peguei o 405 e dirigi uma estaca dentro
de seu centro, e declarei que nunca
foi melhor que isso. Eu pendurei minha camisa
favorita na tábua, franzindo por
ter puxado, empurrado e provado, provado.

Você continua a torcer a verdade, isso me deixa lançar perguntas.

Equivocado pelo 405 pois ele me guia a um
verão alcoólico. Eu perdi a saída para a
casa dos seus pais horas atrás. Vinho vermelho e
os cigarros: esconda seus maus hábitos embaixo do terraço, terraço, terraço, terraço.

Você continua a torcer a verdade, isso me deixa lançar perguntas.
Você continua a torcer a verdade, isso me deixa lançar perguntas.
Isso nunca vai acontecer, não é? Ela já me prometeu tantas coisas e eu já me senti tão desolado que me acostumei a não ter as promessas cumpridas. Tento me conformar com a falta dela, mas aí ela vem, abre um sorriso, ou fala algo bonito e tudo passa e então volto para o começo. E de repente ela é a mesma garotinha por quem me apaixonei anos atrás. Ela também nunca muda e se muda é para melhor, assim, acaba comigo.
A vida já deu muitas voltas em todos esses anos e eu continuo aqui sentado esperando a minha chance que talvez nunca venha. Parece romântico? Não. Eu já tentei desistir muitas vezes, já chorei, já bebi mais do que podia, já namorei outras, todas eram quase ela (quase!), já tentei esquecer, já fiquei esperando ela me chamar para sair, comprei os melhores presentes, fui até a casa dela, assisti a porra do TCC e estive lá como uma pedra para que ela pudesse chorar no meu ombro por causa de outro. Já morri por dentro, mas estou em pé aqui, com o resto de homem que tenho. Às vezes sinto pena de mim, às vezes sinto raiva dela.
Tudo o que eu mais queria era chegar um pouco mais perto, sentar na mesa e comer algo, comentar do dia, sair por aí para dançar, mas ela, de alguma forma, se recusa. É medrosa, não deixa eu chegar perto, então arrumo meus jeitos. Por exemplo, nessa sexta-feira fui até a casa dela, falei com a mãe dela por um tempo, ela não estava, tinha ido encontrar com um amigo que recém chegou da Austrália e eu, bobo que sou, fui levar o presente que ela tanto gostaria de ganhar. Porra, quem faria isso? Pedi à mãe dela que entregasse o presente só depois da meia-noite, mas parece que ela descumpriu o trato. Foi uma facada no peito saber que ela tinha ido encontrar com um cara da Austrália, mas que nunca pode encontrar comigo. Já fico imaginando ela se enroscando com ele por aí e isso é terrível. Tenho vontade de correr, sair por aí para não pensar nesse tipo de coisa. Ela sabe do que falo porque passou por isso há pouco tempo. Dormir sabendo que a pessoa de quem se gosta está dormindo ao lado de outro é impossível, ela bem sabe. Eu passei milhões de noites acordado, mas hoje liguei para ela e ela estava dormindo, sozinha, em casa. E, então, pude dormir também.
Estou cicatrizando de tudo, por mais que às vezes ela me dê algumas porradas dizendo que ainda sente falta de outro, eu me acostumo com a idéia. Vou tornar o mundo dela mais bonito, coisa que ele não fez. Se eu pudesse, mataria aquele desgraçado só por ter feito ela chorar daquela forma. Estou aqui, é dia de Natal, ela me pediu para visitá-la hoje, mas infelizmente não vou poder, preciso ficar com minha família, mas amanhã é um novo dia. Quem sabe ela não vem até aqui?
Seria o melhor presente de Natal que eu poderia ganhar, mesmo que eu nunca encoste minha boca na dela, só por tê-la junto de mim, sentir a pele, o cabelo, é inexplicável.
Essa garota tem algo de mágico.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Porque

Porque mundo é certo e você é sempre errado. Porque o prédio não é tão alto, é você que tem medo de altura. Porque você é limitado e vê o céu azul, quando na verdade ele tem milhões de cores que os simples olhos mortais não podem ver. Porque quando eu falo as pessoas só escutam com os tímpanos, esqueceram que é necessário escutar com o coração ou com o cérebro, seja lá como preferir. Porque quando se é um ser pensante, percebe que o mundo quer que você se foda. Porque ninguém da a mínima pra um conjunto de células como você. Porque quando se acha a válvula de escape, ela é boa até a hora que se volta pra si mesmo,fora isso você está na merda e sozinho. Porque cada um tem teu espaço, e se é invasor te fodem.

Porque quando se espera por algo, nada tens a receber. Porque quando fecha os olhos, vê só o vermelho das pálpebras, não o interior, tuas lembranças. Porque nada é mais como era antigamente. Porque se pede paciência, o mundo só te testa; nada vem de graça. Porque todos são influenciados, bêbados e filhos da puta. Porque não se tem nada quando se acha que tem tudo. Porque não é longe, você que faz parecer distante. Porque não consigo acreditar na hipocrisia desse mundo podre e fétido. Porque algum dia eu irei embora e dizer que você me desapontou, porra. Porque talvez seja melhor assim mesmo. Porque se eu fosse um rei, colocaria a mim mesmo numa parede grande, com vendas e um ultimo cigarro no boca. Porque o coelho foi raspado, não existe nem mais um pêlo pra se segurar à ponta.

Porque você nem lembra mais no meu nome. Porque dinheiro é o que realmente importa. Porque ser bom com quem se ama, só tempera a carne para outros comerem. Porque na teoria é lindo, e na prática é foda. Porque o silencio quando se está cheio de nada é ensurdecedor. Porque parar, esquecer é difícil mesmo, e queremos que você se foda. Porque a poeira se junta pelos cantos e nada se faz. Porque é quieto que se sobrevive. Porque o casamento é a desgraça da sociedade. Porque sempre se gosta de quem quer que você se foda.

Porque a vida tá pouco se fodendo pra você. Porque o mundo é um grande hospício. Porque a chuva cai e leva sua alma pelo ralo. Porque se impede a guerra com uma flor no gatilho. Porque se jogar por amor se soletra em s-u-i-c-í-d-i-o. Porque o sonho é perfeito. Porque a vida te leva onde você desejar. Porque a fumaça no pulmão te tira aos poucos desse mundo podre. Porque sorrir é o que temos de melhor. Porque o amor é ódio. E não se faz nada pra mudar isso.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Briga Interna e Pessoal do Caso Reto.


Estou cansado do próprio. Não me conformo com meu conformismo...

Seria só contradição? Ou uma puta dor de cabeça?

Seria o fingir da vida, ou o simples medo de viver?

Covarde NÃO sou. Covarde .

Você sabe que fala demais! Ahh , não começa... Você sempre foi de querer explicar tudo certinho...

És um banana mesmo. Vai a merda.

Foda-se.

Sketches


Eu tenho procurado o tempo todo por um sonho. Tenho visto o por do sol sempre de boa, sempre com os meus botões, que a essa altura não passam de meros botões de uma velha máquina de escrever encostada. Com certeza vai ser bem melhor. Claro que conheço por lá, sei até onde irei morar... Acordar bem cedo, ver as gaivotas brigando por migalhas jogadas na areia por uma velhinha... Sentir a brisa de outro oceano, perceber a falta das pessoas. De alguma forma ficar sozinho.

Claro que ele vai comigo, apesar de existirem "melhores", o Romeu vai ser minha companhia. Quem sabe até toque minhas musicas em algum barzinho de musica brasileira para gringos... Lá tá cheio disso. Lá tá cheio de coisas, espero que elas não me deixem ficar cheio de ficar vazio.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O que é comprovado?


Sinto o sono, sinto o tom da vida pedindo um "stand-by". É três da madrugada.

E eu não paro de pensar...


Pensar em não pensar em você.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Tempestade Mental

Madrugada... Já é sexta, passa das 3 na matina, o som é Dishwalla... A luz continua a mesma apesar da mudança que aconteceu no meu quarto, o tom amarelado fica bem nas paredes verdes. Penso em tantas coisas...É uma grande confusão mental; A musica viaja por cada canto do "novo" quarto, sinto nada e isso é um problema... Não?

Acordo as 9, nem lembro quando dormi, mas a luz continua meio tom e o som coloca meus tímpanos pra acordar. A musica ainda é a mesma, Moska sabe dizer as coisas certas... O telefone toca: -Vamo anda?- é o Caio, ele sabe como me animar em andar de bike por aí...- Eu vou tomar um banho e passo na tua casa, pode ser?- ainda tenho sono, minha mente resolve acordar e me lembrar de tudo que rolou na madrugada. -Tá, me liga quando estiver perto...- e sempre com um "Tchau, tchau" no final ele se despede...

O clima em casa não tem sido dos melhores...Mas mesmo assim eu tomo meu banho e me jogo pra rua afim de desbravar o mundo com a Momo... Na mochila azul tem quase tudo que preciso: Um canivete de ferramentas, remendo, iFuck e a carteira.
O único olhar que dou pro céu, é pra olhar algumas figuras que as nuvens estavam fazendo. Mas como na vida real, algumas situações são comparadas a nuvens, ao simples fato que o vento vai sempre dissipar aquilo que não é real, mas há dias que só cai a chuva, e as nuvens não mudam de forma, porque o vento tá bem ocupado tentando empurrar o tempo pra que passe depressa e acaba esquecendo de mudar as figuras nas nuvens, deixando algumas formas quase que fixas na mente.

Segui o conselho do Felipe, resolvi procurar alivio em musicas de peso. Não pus As I Lay Dying, queria escutar e entender o que era falado na musica. O escolhido pro role foi Breaking Benjamim. Funcionava como um dopping, eu pedalava como um louco, pulava, subia e chutava as latas de lixo... Aquilo me fazia esquecer um pouco das coisas, afinal não tinha sido uma madrugada muito boa... Passando pela João Dias para Av.Sto Amaro, uma musica chamada Forget it, era muito bem vinda... O sol brilhava ardido e o suor escorria pela minha pele dando uma sensação de alivio...Ventava bastante, tinha que pedalar mais forte o vento era como uma mão no meu peito. Viajava na letra, a musica era linda, fazia um puta sentido, me sentia num clipe.

" ...By the time I lose it I'm not afraid, I'm alive but I can Surely fake it..." "... How can I believe when this cloud hangs over me, You're the part of me that I don't wanna see... Fotget it..."

"There's a place I see you follow me, Just a taste of all that might come to be, I'm alone but holding breath you can breathe, To question every answer counted..."

" Just fade away, Please let me stay, Caught in your way, Forget it..."

A Av. José Diniz é uma grande reta, me leva sempre a pensar... Logo depois ela vira Ibirapuera, e Depois Viro na Republica do Libano. O Caio tinha me ligado, disse pra se encontrar no "porkinho", como sempre... Entrei no Ibira e já vi a galera de longe. Parei, falei com todos, guardei o iFuck, e como sempre dei um role com a galera sem musica. Música com eles, é escutar as merdas e as filosofias que saem durante o role. Andamos por aí, fomos pra Paulista, centro, Vila Mariana... Nos picos de sempre...

O tempo começou a fechar, alguns já foram indo embora, voltamos pra Paulista e fizemos a despedida central no mesmo lugar de sempre. Desci a Brigadeiro e passei pelo Ibira de novo... A chuva parecia me esperar achar um lugar coberto...

Parei no Stop Dog, tinha fome. Sentei no balcão bem lá na ponta, perto da bike, tinha colocado ela dentro do lugar, o manobrista falou pra deixar do lado de fora que ele olharia. -Nao confio.- disse pra ele, mas não na intenção de não confiar nele, e sim que é muito fácil roubar uma bike. Mas já era tarde, ele tinha ficado com uma cara de bosta...




O lanche era o de sempre em qualquer hanburgaria. "hanburguer simples, com cebola frita e maionese a parte." Citros pra acompanhar. Peguei o iFuck na mochila apertei play. A musica era Rain do Breaking Beijamim. Não tinha terminado de escutar o álbum inteiro, mas era a última musica. Como num passe de magia, no primeiro acorde caio o mundo. A chuva era demais, era grossa. Sem escrúpulos. Perfeita. Sem falar que a coincidência era gigante.

Mesmo depois de acabar a musica, a chuva não foi embora, não seguiu o apelo principal da musica.

"...Rain rain go away, come again another day, all the world is waiting for the sun..."

Comi, não tinha colocado nada na boca desde que acordei e já era 8 horas da noite... Coloquei Death Cap. Adoro uma musica deles, e é praticamente impossível não pensar em alguém.
Technicolor Girls, era o som no balcão de bancos vermelhos e de madeira dos anos 80. Só eu ouvia, eu estava sozinho lendo os premios que o lugar recebera ao longo dos anos pela revista Veja. Todos pendurados na parede... Pulei de álbum e coloquei uma musica do Narrow Stairs, que chama " I Will Posses Your Heart " parecia combinar melhor com o som da chuva.




Deixei o ultimo gole pra depois que fumasse, com bastante gelo o ultimo gole me esperava.
Pedi desculpas ao manobrista, falei que não era por não confiar nele...- ...é muito fácil roubar uma bicicleta...- disse. Ele achou o máximo alguém pedir desculpas, assumir um "erro". Achou raro. Ficamos conversando por horas... A chuva era imparcial, não dava uma só trela.

Meia noite apitava no meu relógio. A chuva ainda era a mesma, as conversas com Damião eram fodidas de boa. O cara é um livre pensador. " Tá muito bom, mas acho que eu vou encarar a minha nuvem Damião..." - Já pegando os 30 saquinhos que ele tinha me arrumado pra embrulhar o iFuck e as coisas da minha mochila... " ...Acho que tá na hora de nós encararmos nossas nuvens..." Ele disse isso com um sorriso barato no rosto.

Encarei a chuva. Encarei minha nuvem. Me molhei muito, senti cada molécula da chuva em mim, a água escoria no meu corpo, o vento era forte e o frio se fazia presente. Pulei de cada poça pra que a água do chão não me sujasse. "Mas que se foda" Alguém pensou, e passou com o carro numa poça gigante... Nunca senti tanta água sendo jogada em mim por 4 carros seguidos.

É... Eu tava na merda. Haha... O que me restava era cantarolar algumas músicas e pular com toda a vontade no meio das poças que já não eram mais evitadas. Fiz o caminho contrário, subi, desci... Nem cansado eu estava, nem suado também... ( claro)

Subia a rua de casa a pé. Empurrando a Momo numa ladeira que nem fazia diferença se tinha fim ou não. Era 2 da matina, a chuva tinha parado, o céu era turvo, mas entre as nuvens já dava pra ver algumas estrelas... A água da ducha era quente perto da temperatura que eu estava, abri mais, e com bastante pressão a água caiu na minha cabeça como minha "tempestade mental pessoal", o som do impacto da água com minha cabeça era alto, praticamente só ele eu escutava...

Estava eu lá. Novamente... A luz era baixa e amarelada, as lembranças de um asfalto brilhante, suspiros e cusparadas d´agua, estavam nos meus pensamentos.
Só queira dormir e sonhar. Só.
O que descobriu?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Chuva

Chuva...




(Tirada no dia 16 de Janeiro de 2009)

sábado, 24 de janeiro de 2009

"Raquete"

Minha mãe entra no meu quarto com um papel tolha enrolado no dedo.

É, bem assim. De repente; O papel já tava todo vermelho, com uma voz chorona ela me disse: " Uidol, cortei o dedo, ó..." . Levantei da cadeira, o quarto estava escuro, nem pensei em acender a luz, fui logo pegando a luminária de leitura, limpando minhas mãos na camiseta, e pedindo pra olhar...
Ela falou que não parava de sangrar, com a mesma voz chorona. Num instante passou um puta filme na minha cabeça, a diabetes dela, a má cicatrização, amputamento, meu yayo... Mas era um corte sussa.

Falei pra apertar, fazer uma pressão no corte com o papel, perguntei se doía, ela disse que não, com a mesma voz chorona... Haha... Muito gostoso, muito boa essa voz da minha mãe. Não conhecia essa voz dela ainda... Apesar de conhecer boa parte de suas caras, bocas e vozes. Mas essa era nova.

Desci as escadas, fui na frente, andando de costas pra verificar se ela ia bem descendo as escadas. Coisa que só agora reparei. São certos cuidados que tive, acho que partiram do meu extinto de "filhote". Enquanto eu molhava minhas mãos com álcool, pedi que sentasse no banquinho que tem na cozinha...

Peguei uns papeis e me abaixei da mesma altura que ela estava...
"Parou! Viu , ta tudo bem."

Enquanto passava o remédio ela fazia a cara dela de dor, mas não doía tanto... Senti papéis invertidos, senti meu amor pela minha mãe, senti felicidade. Não por ela se cortar, mas por eu estar ali por ela, e ela confiar em mim.

Tenho poucos momentos desses com meus pais, mas quando os tenho são os mais lindos do mundo. Duram pra sempre, matam cada desentendimento anterior, é como um recomeço, é como uma "nova chance".

Lembrei de uma vez que ralei o joelho na rua... Tinha uns 6, 7 anos, foi na rua da casa da minha avó. Cheguei abrindo o bocão na garagem da casa dela... Do mesmo jeito que aconteceu com minha mãe, aconteceu entre eu e minha avó. Só que com um pequeno detalhe: Ao invés de merthiolate era mercúrio. Na minha época, se visse tua mãe com aquela "raquete" de merthiolate na mão , falando "vem cá filhote..." Eu corria! Ele ardia, hoje não mais... Mas enfim, quando minha avó apareceu com a "raquete" eu fiquei sem saída... Mesmo ela fazendo o que fiz com minha mãe, me sentando, conversando comigo e tals... Nunca vou esquecer. Ela disse... "calma.. esse é mercúrio, não arde..." eu pensei: "ahan... tá..." Hunf... Lembro como se fosse agora, ela ajoelhou no chão na minha frente, ela tava com o vestido branco com flores azuis, e a trança colocada pra frente, meio de lado no ombro... Quando ela sacou a "raquete" e relou no meu joelho... Eu esbarrei na mão dela, e levantei da cadeira na hora. Realmente não tinha ardido, mas o vestido de minha avó era meio ripe agora, meio thai-dai, sem falar que de repente ela era ruiva...

Sinto saudade.

Forget Her


Senhoras e senhores. Jeff Buckley



while the city's busy sleeping
all your troubles lie awake
i walk the streets to stop my weeping
but she'll never change her ways

don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
my heart feels so still
as i try to find the will to forget her somehow
oh i think i've forgotten her now

her love is a rose dead and dying
dropping her petals and man i know
all full of wine the world before her
but sober with no place to go

don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
my heart is frozen still
as i try to find the will to forget her somehow
she's somewhere out there now

oh my tears fall down as i tried to forget
the love was a joke from the day that we met
all of the words all of her men
all of my pain when i think back to when
remember her hair as it shone in the sun
it was there on the bed when i knew what she'd done
tell yourself over and over you wont ever need her again

don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
oh my heart is frozen still
as i try to find the will to forget her somehow
she's out there somewhere now

oh
she was heartache from the day that i first met her
my heart is frozen still
as i try to find the will to forget you somehow
cause i know you're somewhere out there right now

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

I will possess your heart


How I wish you could see the potential, the potential of you and me
It's like a book elegantly bound, but in a language that you can't read

There are days when outside your window, I see my reflection as I slowly pass
And I long for this mirrored perspective, when we'll be lovers, lovers at last


You reject my advances and desperate plea
I won't let you, let me down so easily, so easily


I will possess your heart

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Substractum


Sensibilidade nas pontas dos dedos.
Pelo corpo inteiro.
Na essência de quem realmente és.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Andar nem sempre é com as duas pernas.



Leve como uma pluma, eu estava na avenida Europa com meu liquidificador. As coisas passavam "depressa" quando eu atingia a velocidade máxima de 65Kmh...

Parei em uma banca que meu velho sempre vai. Ele gosta das revistas importadas de moto que tem por lá, diz que é bom, "...assim eu relembro o meu francês ou espanhol quando leio as matérias..." diz ele.

Quando saí vi uma pompa, era estranho, ela não desviava dos pedestres, apesar deles irem pra cima dela. O máximo que fazia era bater duas ou três vezes as asas pra sair do caminho. Ela era linda, um tom cinza claro que nunca tinha visto; Andava só, sem outra pra fazer companhia. Depois de uns 10 min pirando na pomba, percebi que não tinha uma das patas, que se equilibrava de um modo único, chegava a ser comovente. Ela se recusava apoiar as asas, ou até mesmo o bico no chão para ajudar na falta de uma patinha.

Fui embora pensando que a pomba perneta tinha muito haver comigo...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Silence

... Percebi hoje uma coisa que só vou guardar pra mim. Achei coisas que até então jurava serem improváveis, sério. A muito já tinha lido, escutado...Mas sabe quando a gente não quer acreditar? É.
Era verdade, e só vivendo pra saber. Não sei se é algo triste ou alegre, na verdade o tempo vai me dizer. Mentira... É triste pra caralho!!!... De foder... Hunf...Fico querendo achar palavras pra contar o que sinto, preencher o espaço em branco com algo útil. Inútil, Chega a ser banal. Como é engraçado: Falar quando se deveria sentir.

Queria dar exemplos, escrever uma montanha de páginas... Mas minha vontade maior é ficar calado. E é o que eu vou fazer.

Seguirão nesses dias de silencio, algumas fotos minhas e pinturas de uma amiga minha, uma irmã e mãe. Quem sabe elas vão expressar o que sinto nesses dias...

Só.

Perceba que nem sempre se pode cuspir pro alto, sem esperar que o vento desvie a catarrada da sua cara. O acaso brinca. Como num passe de mâgica, negamos algo que costumávamos ser, ou sentir. Detesto.

Ponha sua musica favorita e sinta.

Se der, ponha o volume no máximo. Porque por enquanto eu vivo no máximo. Você sente?


Não.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Como que se fala "feliz".

Mal tinha dormido, mal estava pronto para iniciar a "respiraçao por conta própria", abri os olhos e dei uma boa olhada no meu quarto, no meu resto de universo paralelo. Levantei amassado, com o cabelo mais punk do que ele já é... Entrei numa ducha fria sem dar chance de dar bom dia ao resto do meu corpo; A água fria já tocava cada pedaço dele e num levantar repentino eu acordei. Comecei um dia com um Q de despedida, fiz minhas tarefas, compri horários e executei minha parte...

Mais tarde tinha um compromisso, tinha um casamento a 135Km daqui. Nao era um casamento comum, nao era "mais um". Um dia Conheci um cara que tinha Valente no nome, que era completamente contraditório, artista e imprevisível. Ele é valente, ele é tudo que ele quis ser.

Recebendo informacao as 2:00am, percebo que meu camarada vai se enforcar, como ele mesmo disse. Completamente inesperado, mas nunca esquecendo que ele é a imprevissao em pessoa. Nessa noite eu já me sentia mal sem saber porque, mas de alguma forma eu senti boas energias nessas palavras cibernétias, nesse convite moderno.

A noite telefonei, tentei, mais o universo nao conspirava a meu favor. Fiz minha mochila olhando pela janela a chuva mais foda que ja tinha visto, gorda, firme e decidida. Querendo que o calor fosse pro inferno, ela caiu sem pedir licença ou falar boa noite. Saí de casa assim que ela decidiu pegar leve. Se é uma questao de confessar, por mim, que se foda eu iria debaixo de chuva pesada pra rodoviária. Mas o dia que eu decidir algo sem ninguem afrontar cairá uma chuva como essa 70 vezes pior.
Aos pingos "atrasados" eu fui, a eles dei minha pele pra lavar, neles fui ao encontro do meu amigo. Sozinho.

A cidade fica linda com o asfalto molhado, a luz reflete nele e faz Sao Paulo um lugar menos caótico, num olhar triste e cheio de vontades, desejava compartilhar esse comentário com alguem "mâgico". No olhar meu pela janela do ônibus eu percebia a falta de tantas coisas... Da própria música que era economizada devido a bateria fraca do meu iFuck. Queria continuar a tradiçao de descer a serra ao som de Siamese Dream, do começo da imigrantes até a Biquinha. Sempre dava certo, nao importava o trafico ou a velocidade ele sempre dava certo, ele sempre tocava a última musica quando eu via o mar de perto.
Chegando na rodoviária eu sentia o vazil no meio de tanta gente, era uma sensaçao estranha, nao queria sentir isso. Comprei a passagem pro último horário, queria ficar sentado um poco nos bancos laranjas pra ver se passava o que sentia.

Olhei no relógio e já era 11:45pm, já tava na hora de tomar posse da poltrona 7. Dando um trago longo e amargo eu entrei no ônibus; " Voce pode me avisar quando passar perto da Biquinha?"- "Claro". Sentei na janela, olhei pro lado do corredor e já nao via ninguem, nem desejava ter alguem lá.

Na entrada da imigrantes eu apertei o play, iniciei a minha tradiçao. Cherub Rock. Mandava eu enlouquecer e desistir, pedia pra deixar eu sair desesperadamente; o ônibus estava começando a pegar velocidade numa reta infinita. Quiet. Pedia pra eu dormir, pedia por esperança, percebia e acusava a bagunça que voce deixou aqui dentro. Eu multilava minhas idéias pedindo pra me salvar do som terrivel do nada;Fazia curvas sutis ainda na reta infinita. Today. Hoje era o melhor dia que já tinha vivido, lembrava que eu nao podia esperar o amanha, queria arrancar meu coraçao pra fora de mim pra que nao pudesse mais alcança-lo, minhas cicatrizes sao inesqueciveis, mas tentei com tanto custo limpar de mim esses desgostos, minhas asas de anjo machucadas mas restauradas querendo sentir o vuar; Começava a descida, ainda era sutil, nao era a serra ainda. Hummer. Percebia que a fé só se encontrava nos caminhos do pecado, mas nao queria mais, minha boca fazia promessas mas meu coraçao nao, voce percebeu que sua vida era um premio, por tanto reviva, e renove, tá tudo bem querida, tá tudo bem...Decidirei o que fazer com voce, sim, eu te amo, é verdade, a vida é uma droga quando se decide ser um hesitante, pergunte a qualquer um, menos a mim.Voce sente que o amor é real?; Chovia, tinha transito, mas ainda a serra nao tinha chegado, fábricas eu via pela janela. Rocket. Sofra pra ter luz própria, sonhe com sua própria vida, sinto falta de mim mesmo, ponho fogo na minha alma pra mostrar pro mundo que ainda sou puro, consumir meu amor e devorar meu ódio apenas dá força pra eu fugir. A lua aparece e com as estrelas vem o convite de fugir essa noite. Tenho que ser livre, tenho que me ver livre das vozes dentro de mim; Enfim a descida da serra, todos aqueles paredoes, toda aquela altura, os penhascos. Dizarm. Te desarmar com um sorriso, te recortar como voce quiser, é o que tento fazer sempre, mas é o que escolhi, o que mais eu posso fazer?! O assasino em voce é o assasino em mim. Voce decide; Estava lindo, a descida era rápida. Soma. Nada mais a dizer, é o que me resta fazer, fugir de voce, tenho segredos que tenho que levar pra longe, feche teus olhos e durma. Te envolvi na minha mágoa, e o teu coracao partido, o teu coracao. Estou completamente sozinho, como sempre me senti e irei revelar minhas lágrimas pra qualquer um envolvido no nosso truque, um ultimo beijo? Um beijo de boa noite; Ainda nao via as luzes da baixada, comecava a ver a velha estrada de manutencao. Geek Usa. Fuja comigo amor, nao tenha medo, deixe tudo para tras, deixe os dissabores para tras, eles disapareceram como se nunca estivessem aqui. Veja os pensamentos meus, eu sempre fui sozinho e infeliz. Dê tchau pra isso, e entenda o que nunca entendemos. As palavras nao podem descrever o que tenho aqui dentro, quem precisa delas? Num sonho somos conectados, somos siameses; Atravez da janela vejo as luzes da baixada, já estou bem perto. Mayonaise. Bom o bastante pra se-lo, mas nao para ser dominado, pegue teus bolsos cheios de tristeza e fuja comigo amanha, nós tentamos diminuir a dor, mas de algum modo nos sentimos do mesmo geito, mas quando eu puder eu vou entender, que quando puder, eu vou. Todo o tempo pode ser tomado de volta, cale minha boca, eu só quero ser eu;É lindo, tento tirar uma foto, mas a luz incomodaria as pessoas, é tudo brilhante e amarelado, vejo santos inteiro e parte de Cubatao. Spaceboy. Sinta o quebrar dos teus ossos, sinta o meu gosto enquanto sangro, sinta minhas carencias, escolha-me. Nao importa, eu quero ir pra casa, comtempla-me em sujar minha vida, nao preciso, que se foda. Eu só quero ir pra casa. Porque quando um amante sente dor é quando ele se parte; Já nao vejo as luzes amareladas, percebo a triste realidade de cubatao, fico imaginando se alguem está acordado vendo as luzes da baixada e achando lindo como eu... Ou se acustumaram. Silverfuck. Ouco o teu inverno, ouco a chuva, já nao sinto nehuma dor. Eu escuto o que queres, eu escuto voce ir embora, e ela era o meu amor tao doce, e o que eu recuperei de mim puz numa caixa embaixo da cama. Quando voce se deita na sua cama voce mente. Mente pra si mesma. Bang Bang. Voce morreu com um tiro na cabeca. Eu escuto o que queres, eu ouco daquele geito. Isso basta, que se foda. A descida acabou, estou numa reta só, ja ja eu desco do onibus e ando pelo centro de Sao Vicente. Sweet Sweet. Doce, doce é a pequena agonia, eu nao sei onde voce está, mas eu pegarei tudo o que tem pra mim, onde estamos indo? E eles todos querem mudancas, e todas as faces tristes se afogam nessa cidade; Desco do onibus, ando pelo centro, sao 1:35am, cai uma fina garoa, acendo um cigarro e deixo minhas pernas me levarem. Luna. Que musicas vai catar pro seu bebe? Que raio de sol voce tras? Quem decide quem é louco? Cantarei pra voce, se quiseres que cante, é uma chance que tenho que arriscar. Eu vou adiante, só porque eu sou preguisoso. Eu vou adiante porque quero estar com voce. Cantarei sob a lua com voce, se quiseres que cante com voce. Serao cancoes pra ver atraves de voce. Eu estou apaixonado; Enfim a areia. A noite mesmo com garoa está linda, o mar como sempre por ali, está agitado. Paro um pouco tiro os fones, escuto o mar e vou de encontro ao meu amigo.

Entro pela porta da frente, sinto o cheiro da tinta dos quadros da tua mae, vejo as imagens que pra sempre ficaram fotografadas na minha retina. Vou até o quarto de tantas conversas, de tantos tragos, bebidas... A gente senta, a cama está feita. Tomo um banho gelado. Volto pro quarto pra escutar e contar estórias, relembrar tantas coisas. Pulamos a janela, o mar é nossa plateia, tocamos, as mesmas musicas, A dose de alegria, O sangue jovem, O violeiro solitário...
Ficamos em silencio, voltamos e pegamos no sono, amanha é o dia.

Vejo o teu casamento, presente estou ao teu lado, tiro fotos, fico feliz, converso com voce, bebo com voce, compr uma parte da sua gravata. Es o mais novo "Sr", te vejo feliz como nunca te vi antes. Tenho uma nova amiga, sua mulher é tudo o que voce sempre quis, é engracado, é improvavel, ele se casou com uma mulher linda, amante, sincera... Vou sentir essa felicidade por ele pra sempre.

Ele foi pra sua casa. Com ela nos bracos ao entrar, dou adeus, abraco e digo pra ser feliz "Agora eu sou Uidol, agora eu sou."

Siamese Dream foi "roubado"... Era teu, ainda é.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"Querido em pedaços"

A nossa língua escrita peca ainda por não conseguir expressar o que eu sinto por você. Talvez seja isso que me faz parar de escrever agora... O espaço em "branco" fica melhor como tal, não por minha incapacidade de escrever, há tanto a ser escrito ou até mesmo falado, mas agora, nesse momento, não vejo razão para tentar descrever como você inexplicavelmente faz meu coração bater mais rápido e minha pele mais vermelha...

Se hoje eu tento acertar o amanha, não me preocuparei com os erros, parte do principio de tentar, já é uma iniciativa, já é algo que pareça fazer sentido. Nesse caos, o mínimo de sentido é bem vindo.
Diz a ciência que o coração bate mais rápido e com isso oxigena mais o sangue, isso faz a pele ficar com o tom avermelhado...Mas não explicam o fato de alguém (que não seja o próprio corpo) o fazê-lo.
Felipe falou que preciso me internar numa clínica, tentar a desintoxicação... Mas de que afinal? Ele nem precisou falar, na verdade a sugestão surgiu no meio do assunto, não tinha porque eu perguntar "pra que?"...

Talvez isso faça algum sentido, sendo assim, acredito que seria bem pior se livrar de escutar frases "de efeito" dos amigos, tais como: " ...se fudeu..." É tudo muito confuso e muito certo. Tudo faz sentido quando nada faz sentido. O corpo parece não entender, a mente o entorpece, por mais que seja confuso minha mente ainda entende a situação... Nada como dar uma de "jonh without arm" Felipe?

É verdade que o coração gosta de sofrer ?

Como não poder segurar a mão? É só uma avenida, é só um abraço breve, é só até o onibus chegar e o motorista engatar a primeira marcha. Se é independente, eu ainda sou um garoto "old school" se fica nervosa; Eu hesito; Se tem pressa; Eu ainda sou "amigo" da perfeição, apesar dela não existir, afinal como já disse várias vezes... "seria muito chato se tudo fosse perfeito..."

Veja como é mutuo: " ... as vezes me pego sorrindo como um babaca fingindo não saber porque, procuro e escuto musicas que podem falar algo que me falta na boca, algo que hesita em sair; Procuro detestar dias que me fazem pensar demais... O alcool se faz companheiro porque não questiona, não cobra, porque desce garganta abaixo anestesiando o coração despedaçado; Quando no dia seguinte a única coisa que o despedaçado pede é água... Porque ele não precisa de coisa alguma que o entorpeça, ele pede autenticidade e me cobra com uma puta dor de cabeça, talvez punindo o corpo por preferir usar a razão e não o despedaçado mais vivo coração..."

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Briga Interna e Pessoal do Caso Reto.


Estou cansado do próprio. Não me conformo com meu conformismo...

Seria só contradição? Ou uma puta dor de cabeça?

Seria o fingir da vida, ou o simples medo de viver?

Covarde NÃO sou. Covarde .

Você sabe que fala demais! Ahh , não começa... Você sempre foi de querer explicar tudo certinho...

És um banana mesmo. Vai a merda.

Foda-se.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mágica com acento agudo.

Sinto felicidade, percebo a vida que há em mim. Paixão é uma coisa boa, arde, queima, é pra sempre. E isso "paixão" só vai entender quem conhece Thiago Felipe, Uidol Macaya e Antonio (papa).

Deixo tudo pra trás hoje, sinto a velocidade tomar conta de mim, o vento na cara e a corrida até o pier pra se jogar no oceano com todo amor e paixão... Não fico em quarto de hotéis, nem sinto o tédio da solidão. Tenho tudo que preciso bem aqui; As doces notas, acordes e a majestosa melodia da vida, bem acima dos meus pés. Eu digo ao meu peito que hoje já tomei muito,
mas sou teimoso também, não procuro um lugar pra se dizer adeus, acho um lugar onde falo " até logo". Meu presente maior nesse momento é saber que alguém está tentando, que tá percebendo que minha mão está aqui, que sempre vai estar, sem menor pressa, sem a menor segunda intenção.

Prefiro falar que não a conheço, que tenho muito a perceber de você e pra você. Não quero já saber o fim da estrada, eu to partindo rumo ao nada, você vem? A 24 anos atrás nasceu uma pessoa, nasceu pra questionar a vida, tocar seu violão e ser único como muitos. Mas ainda assim diferente, não tem só um "pelo de coelho" nesse mundo, todos seguram o seu próprio. Ahn.. Mas gosto de pontas duplas, cabem dois. Sentirei falta dos 23, mas não olho pra trás, meu olhar tá lá no horizonte onde o nascer acontece, onde pessoas que constituem o ser Uidol estão.

Minha mente inventa, espero assim viver na plenitude de "inventar" o meu eu todos os dias. Prefiro ainda colocar a cabeça e o braço pra fora de um carro e sentir o mundo passar depressa por mim, nos meus cabelos, na pressão da minha pele em atrito com o ar e poder deixar os olhos semi fechados pra ainda assim ver um mundo bem ali na frente... Deixa eu dormir no teu sofá esta noite? Deixa eu continuar olhando pro infinito mesmo usando óculos escuros, sem sentir medo de morrer, amarrando meu tenis com o " orelha, enforca e puxa ".

Olhar a chuva cair e ver que o tempo ainda continua meu amigo, não atropelando, mas sentado comigo, paciente assim como ela me pediu. Que o amor dela seja um verbo no meu quarto, que possa fechar a porta atrás de você e ver o mundo visto das estrelas, comigo.

Na verdade, o único transito que ela para é o meu fluxo sanguinio, isso prova muitas coisas, não sou perfeito, seja no físico, nos atos e por aí vai. Mas a graça tá aí ? Seria muito monótono e previsível, é o que eu falo sempre... Espero poder ainda desarmar ou armar até os dentes você com um dos meus sorrisos de canto, dos mais tímidos... Mas deixa, não fico planejando... Fico só sonhando, não há nada de mal nisso ? Prefiro deixar ainda sim o "acaso" tomar conta... (agora eu entendo tá?)

As vezes não falo muito, mas pode ter certeza que minha mente não para de trabalhar, nunca para de sentir borboletas no estômago, posso calar a boca... Acoes são sempre feitas através do meu corpo e coração. Eu quero continuar ativo a noite, quero ainda falar muito nas madrugadas a dentro, sair da minha casa a milhões de kilometros sem mover um centímetro, pensar e falar sobre como você me ajuda sem também se mover um centímetro, só conversar, até que a manha chegue.

Ainda tenho muito que andar, tenho muito ainda a fazer, mas só quero fazer coisas que ainda não dá pra por em palavras, não dá ainda pra explicar pelo velho português... Quem sabe no sânscrito? (haha)...Todo mundo se machuca ? Mas nem sempre a dor não é bem vinda, deixar o "se levar" tomar conta, ou até mesmo a corrente marítima te levar pra águas que certos barcos navegam... Tentando dormir as 3 da madrugada, quando "saco" já tá pra explodir, quando se percebe o silencio que ensurdece, quando se percebe que o estar vivo é bom e necessário, as noites em branco são dias iluminados num futuro próximo, onde NADA deve ser temido.

Quantos altos e baixos hein?... Tanto que pensei que era esperto, e eu não era... Matando a mim mesmo pra extrair o máximo, sendo que as vezes o mais simples de mim já bastava. Seria eu o único? Sento e peco a Deus pra ainda poder fazer o amor em mim, quando o tempo todo eu era a paixão. Não era o melhor que eu podia fazer, o melhor talvez era não fazer nada.

Que você seja a arma na minha mão e o amor na minha cama, seja só você mesma, já basta.

Tenho 24 anos.