segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Estrela

Escrevo em meio a uma zona, onde nem sei onde meus pensamentos estão. A fumaça do cigarro vagueia no ar e me traz um alivio idiota e químico; A vida não vem sendo fácil, e a propósito, eu gosto. Nietzsche disse que para criar uma estrela é preciso criar o caos aqui dentro, pois bem, dentro de mim há uma terceira guerra mundial. Caos maior nessa atualidade não há; Certo?

O copo de gelo, coca e vodka está suando... Bem como eu, afinal, não há modo melhor pra colocar as "coisas" pra fora do que um pouco de fluido corpóreo pelos poros...
Dou mais um gole longo enquanto o gelo só esfria a bebida e não tira o gosto amargo da vida, se é que você me entende.

O caos ainda não acabou, e será que um dia acaba? Sinceramente espero que não. Como posso desejar o fim da guerra, sendo que ela me faz sentir a vida vivo?
É... Verdade seja dita, todos pedem por algo, eu to pedindo que me deixem sozinho com esse copo, com a merda do cinzeiro e um pouco de caos aqui dentro.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Queria fazer ( a volta do castelo )

Eu queria entender de tudo um pouco dessa vida maluca, insana, dramátia... Na verdade seria muito bom entender o simples fato do "porque". Gostaria de poder decolar da vida e deixar o voar tomar conta de mim... Quero perceber o que há de bom por aí. Gostaria muito de parar com as coisas que me fazem mal; Queria entender isso de "fazer mal", por que quando uso essas coisas, no fim, elas acabam me dando alivio... Não falo só do meu cigarro, falo do fato de querer parar de amar.

Eu queria poder tocar meu instrumento de um jeito único, majestoso, semelhante ao Jeff em "Lilac Wine"... Quero poder entender tanta opressão. Queria ainda sim sendo completamente contraditório, e resucitar meu coração. Queria muito , mas muito entender, o por que escolhemos o sofrer. Como um castelo de cartas; Sabemos que ele não é pra sempre, assim como o meu voar sem asas termina no chão, o vento vem e destroi o castelo... Destroi.

Como num ciclo vicioso, recolho os restos de cartas do chão,tento reconstruir o castelo, mesmo sabendo que ficarei acordado até as 2:41, com a lista de coisas que eu queria fazer, com um caderno velho escrevendo a respeito desse coração-castelo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sentir o Oco.

Tá, metade de caminho...Já se sente o "diferente" tomar forma nesse meio tempo, vou até onde minhas pernas aguentarem, sou o "super homem" até que provem o contrario. Vou levando o risonho dentro de mim com mais serenidade, a sutileza da tristeza toca minha alma como alguém aperta o botão do onibus pra parar no próximo ponto. Ser vazil e quieto não é meu estilo de vida, mas é engraçado como fico nessa situação.

O fato é que nada é como parece, as vezes paro num cruzamento as 3 da matina no meio da brigadeiro e fico olhando, parado, torcendo que venha um carro no último minuto e termine de passar por cima de mim. Tá, dramático, eu sei, mas para nesse cruzamento comigo, olhe para os dois lados, tenha uma semana sem sono, com teu coração na garganta querendo sair por que não aguenta mais o peito que o abriga, sentindo nojo de pensamentos inúteis e dolorosos; Preste atenção, assim qualquer cruzamento se torna uma roleta russa e muito interessante.

Tenho medo de ficar oco, tenho medo de perder o único órgão que ainda dizem ser o maior e mais necessário pra eu continuar vivo, pra eu continuar Uidol.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A dose de tristeza

Sinto-me muito triste... Assisto a tristeza tomando conta como se fosse uma corrida de carros, as voltas passam mais depressa conforme os anos, os carros ficam mais e mais modernos e fecham suas voltas bem mais depressa... O ato de ficar triste vem sendo assim pra mim, sinto que ele me invade repentinamente e muito mais veloz do que nos meus 12 anos... Pra variar o tempo não pede licença pra permitir que ele mesmo passe.

Sozinho pela madrugada eu peguei minha "biriqueta" e fui deixar o vento bater na minha face, com um pouco de esforço físico, procurei pela luz em meio a tanta tristeza, mas é claro que as merdas das lâmpadas não estavam lá, ao menos pra artificialmente iluminar minha madruga. É estranho pensar que em meio a tantas pessoas, tantos amigos (2), eu ainda me sinta assim. É muito foda pensar que eu ainda estou nessa de ficar chateado por coisas mundanas, mas não tem jeito...

As voltas dessa corrida, estão passando bem rápido, a medida que cada dia frio estraga meus ossos, mata minha alma, ainda assim sinto um pouco do estranho prazer de se estar vivo.

domingo, 5 de outubro de 2008



Inalo o ar como se fosse meu ultimo suspiro, não acredito que hoje vou morrer, já sinto falta de mim mesmo... O mundo não vai parar né? As pessoas não vão parar de brigar umas com as outras, nunca abandonarão seus vícios e jamais vão se permitir a obedecer o próprio coração. A cabeça vai lentamente se apoiando no ombro, minhas mãos vão percebendo a falta de sangue, a falta de carinho que elas um dia exerceram, a boca vai se acostumando a não sorrir mais.

Meus olhos não querem mais ver o simples das coisas, na verdade eles querem ser fechados em meio a esse mundo hipócrita de merda, nada mais fez sentido, nunca fez. Cansado de ser levado contra a própria vontade pro abismo que é o meio fio. O mesmo cenário, a mesma chuva clássica de filme romântico, só que nenhuma chuva dura pra sempre, nenhum cenário é aproveitado quando se termina um filme.

Pro nada e pra ninguém, eu falo de mais um soldado que puxa o gatilho sem nenhuma razão para fazê-lo, sem nenhum remorso, sem nenhuma culpa sem nada. Eu morro, parte de mim morre, é preciso criar uma confusão aqui dentro pra se chegar a algum lugar. A chuva não me pega mais, o vento que tira as folhas do chão e as fazem dançar com o ar em círculos perfeitos já não estão em volta de mim. Sem mais "alguém pode me ouvir?"

Aqui jaz o valente e persistente coração, sem mais dias como esse que estou, sem mais tanta sensibilidade pra se ferir, não mais a suspiros profundos e dorzinhas que fazem o portador desse peito não dormir. Aqui eu te mato sem ao menos te pagar um drink antes, sem vendar teus olhos e muito menos pondo um cigarro na tua boca.