quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Andar nem sempre é com as duas pernas.



Leve como uma pluma, eu estava na avenida Europa com meu liquidificador. As coisas passavam "depressa" quando eu atingia a velocidade máxima de 65Kmh...

Parei em uma banca que meu velho sempre vai. Ele gosta das revistas importadas de moto que tem por lá, diz que é bom, "...assim eu relembro o meu francês ou espanhol quando leio as matérias..." diz ele.

Quando saí vi uma pompa, era estranho, ela não desviava dos pedestres, apesar deles irem pra cima dela. O máximo que fazia era bater duas ou três vezes as asas pra sair do caminho. Ela era linda, um tom cinza claro que nunca tinha visto; Andava só, sem outra pra fazer companhia. Depois de uns 10 min pirando na pomba, percebi que não tinha uma das patas, que se equilibrava de um modo único, chegava a ser comovente. Ela se recusava apoiar as asas, ou até mesmo o bico no chão para ajudar na falta de uma patinha.

Fui embora pensando que a pomba perneta tinha muito haver comigo...

2 comentários:

Lila disse...

Também viajo nas suas linhas..
só que quando saio do teu blog tenho vontade de te ver. De falar com você sobre todas essas coisas 'reais' que escrevemos e que lemos..
É bom, muito bom encontrar gente assim. e se você se sente como uma pomba perneta... eu sou uma pomba também: cinza, meio apagada.. no meio dos pedestres que dão varios 'tapinhas' enquanto passo.. porém uma pomba sem asas e sem muletas.

To viajando nas imagens!
te cuida, beijos!

Lila disse...

* Pomba sem asas e com muletas...

__essa hora da manhã aqui no trampo exergo meio mal.. e escrevo meio mal, me desculpe.....

bjos de novo.