quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lugar a Estar















When I was younger, younger than before
I never saw the truth hanging from the door
And now Im older see it face to face
And now Im older gotta get up clean the place.

And I was green, greener than the hill
Where the flowers grew and the sun shone still
Now Im darker than the deepest sea
Just hand me down, give me a place to be.

And I was strong, strong in the sun
I thought Id see when day is done
Now Im weaker than the palest blue
Oh, so weak in this need for you.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Laranja

Saindo de casa com um amargo na boca, monto na bike e vou a lugar algum... Os fones ñ deixam nem escutar minha própria voz, como seu a desejasse escutar. Não faz mal, faz parte na verdade.
A subida de casa é rápida, logo vem uma encruzilhada que pareço sempre me jogar a fim de morrer aos olhos de "conhecidos". É uma olhada rápida, mas sempre as mesmas figuras são acusadas pela minha memória fotográfica. Logo entro a direita, o som é David Ryan Adams, a descida é longa, suas lombadas sempre me fazem voar por segundos, mas voo alto. Ela desemboca na avenida principal do bairro. Como se minha vida dependesse disso, eu passo muito rápido por ela, vejo sempre figuras diferentes por lá, o Centro Empresarial é como uma pequena Paulista, na sua humilde Maria Coelho de Aguiar. Logo me despeço e entro no acesso da ponte João Dias... Não sei por que, mas gosto da vista colorida e com odor de merda daquela ponte. Sempre a música do meu fone toca de acordo com as cores do dia, da noite daquela ponte.

Desço por ela, subo a Santo Amaro dessa vez bem devagar, a música parece me incluir em seu video-clip, e começo a ser um personagem de suas batidas e sensacoes. Pela calcada eu vou a maior parte, pedalo dessa vez maior tempo sentado, o vento bate forte contra, mas mesmo assim fui treinado a manter a velocidade, o diretor do clip quer que seja assim.

Logo uma subida. Logo a primeira gota escorre da minha testa e salga meus lábios. O gosto na boca ganha sabor, textura. A frente tenho que decidir que caminho fazer, direita ou esquerda? Prefiro o reto mesmo, assim mantenho meu curso de sempre, mais a frente decido pra onde viro.
Na subida tenho uma forca diferente, acho que por pedalar lento até agora me sobra forca nessa subida... Chego ao topo com o por do sol nas costas. A minha frente o laranja nos prédios e casas, suas janelas refletem a cor das 5:37...

Olho pra trás, os olhos parecem perder sua função por segundos, o ar falta. Logo viro a direita, cruzo uma rua e paro pra voltar a música. Chama-se "Come Pick Me Up", ela inicia outro clip na minha mente, nela pedalo com desdém, sem preocupação de atuacao, sou eu mesmo, sou eu e meu free ride.

Após uma dúzia de ruas vazias chego a uma praça. Dela vejo a porta dos fundos de um cemitério; desço da bike e sento aos pés de uma árvore... Vejo os últimos tons de uma tarde, sinto suas primeiras brisas frias.

Volto a música novamente, as vezes queria me tele-transportar pra lá. Mas não haveria um suspiro fundo aos pés daquela árvore e nem uma boa estória pra contar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sketches


Eu tenho procurado o tempo todo por um sonho. Tenho visto o por do sol sempre de boa, sempre com os meus botões, que a essa altura não passam de meros botões de uma velha máquina de escrever encostada. Com certeza vai ser bem melhor. Claro que conheço por lá, sei até onde irei morar... Acordar bem cedo, ver as gaivotas brigando por migalhas jogadas na areia por uma velhinha... Sentir a brisa de outro oceano, perceber a falta das pessoas. De alguma forma ficar sozinho.

Claro que ele vai comigo, apesar de existirem "melhores", o Romeu vai ser minha companhia. Quem sabe até toque minhas musicas em algum barzinho de musica brasileira para gringos... Lá tá cheio disso. Lá tá cheio de coisas, espero que elas não me deixem ficar cheio de ficar vazio.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A menina do osso perfeito.

Como uma música boa, você me faz feliz. As vezes me ponho pra fora de uma realidade sem sentido, voando em assuntos completamente avessos, sem rumo, mas com todo o fundamento do mundo.

Seus olhos claros espelham realidades paralelas, verdades que só quando falo com você aparecem. Sonhos livres, noites lindas regradas de doses reais, figuras e coisas que só existem quando abres a tua boca. Pena ser ainda momentanea na realidade. Digo isso, pois quando desligo é minha realidade que encontro. É a distancia que existe, são os horários a cumprir, é o acordar cedo pra trabalhar. O sono não vem pra esse corpo cansado por que é muito bom falar com você.

Nas tuas doces palavras fico pensando, no timbre que sai de ti. Adormeço, não por que me fala bonito, mas sim por que falas do bem e da tua indignação das vezes ter que se controlar pra não fazer o mal...

A realidade sempre vem como um relógio de pulso que cai de uma prateleira, ela dói quando atinge a cabeça. Sabemos que é real a dor, percebes "n" coisas que podem acontecer, suas consequências mundanas não fogem quase nada do que realmente és.

Ser, ter e sentir fazem parte de um conflito mutuo, de uma vida própria, singular. Mas que ainda sim encontra seu plural de dois.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

¿" " ?


Todo mundo tem algo pra amar...
Seja como for, todos tem.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Estacao Sumaré

Incrível.
As pessoas passam tanto tempo se preocupando com elas mesmas, que acabam esquecendo o simples e fundamental "toque". Foda-se, afinal bonecas infláveis e amigos da internet estão sempre por ai. Dizem que em L.A as pessoas se esbarram de propósito umas nas outras em ruas movimentadas... A falta do toque é tamanha, que se recorre a algo momentâneo e vazio; Daqui um tempo vão esquecer de como uma gota no oceano faz toda aquela onda circular em volta dela mesma, vão esquecer de como o mínimo sempre acaba sendo o mais importante.
Num dia desses, logo que voltei, resolvi andar por ai sozinho... Descendo a Sumaré, incrivelmente a pé, vi num muro um frase pixada, era genial: " o amor é importante porra." Realmente onde está?¿

Por segundos deixei o vento me levar, senti uma espécie de liberdade, como se meus pés saíssem do chão e onde o atrito dos meus pensamentos com o ambiente não existia mais. Dum momento estranho e sem propósito eu voei com deleite. Repito que estava a pé, minha bike não estava nessa comigo. Parece que logo que desci da estacao, vendo aqueles rostos estranhos e belos tatuados nas janelas do lugar, senti que o destino generoso queria que descesse na Sumaré naquele dia. Ele cooperou com 50%, os outros 50% foi do meu pescoço, que resolveu virar, e dos meus olhos e mente que resolveram assimilar no meio do grande caos paulistano uma frase como aquela.

?O amor é importante, porra.¿