domingo, 4 de outubro de 2009

Maos entre um vidro.

Meu farol corta a cidade de uma ponta a outra, é tarde da noite e ñ chego a lugar nenhum. Vou andando por aí com o vento contra, sinto ele quase que arranhar minha pele, faz frio e nada tem sentido. Logo ali na frente ñ há iluminação; E é perfeito. Acendo o pisca, vou diminuindo, encosto no meio fio, tiro o capacete e a camera da ponte filma tudo de longe.

Só eu e aquele gramado... A noite estava linda, mas de veritas, eu ñ estava nem aí se estava estrelada ou tempestuosa. Foram 5 min, foram segundos no mínimo engraçados ao olhar daquela camera... Capacete pro alto, eu pulando a mureta e gesticulando ao nada. Olhei em volta sentado naquela grama, olhei a arquitetura daquele pedaço da cidade, seus prédios suas pontes; E eu ali, naquele pequeno pedaço de grama entre um viaduto e outro, no meio do nada

Levantei, bati com as mãos na calca tirando o pó, procurei meu capacete, pulei a mureta e fui pra casa.